It's nice to have a friend

25 de julho de 2020

Uma sensação agridoce me invade toda vez que você vai embora. Meu coração pulsa alegre com a tua existência, mas aperta ao desejar um toque que não está presente. Eu não fazia a mínima ideia que esse tipo de sentimento teria algum espaço na minha vida agora.

Eu sempre digo que você veio com um manual de como me conquistar, porque a cada coisinha que você faz, mais eu sei que você me tem nas mãos, ainda que eu tente negar a imensidão disso tudo.

Em um momento no qual tudo que proporcionava algum senso de estabilidade foi tirado de mim, você me faz lembrar do que é sentir algum resquício de esperança e fé na vida. E, por mais contraditório que pareça, ao mergulhar em você eu mergulho em mim mesma; ao olhar nos teus olhos, sou obrigada a encarar o fato de que eu ainda estou viva e que, no fundo, isso não é tão ruim assim.

Há meses perdida em uma tempestade sem fim, eu já não tinha mais esperanças de encontrar terra firme. Não acreditava que algum abraço seria capaz de trazer conforto, que um toque seria capaz de ultrapassar a fina barreira da pele e virar de ponta cabeça esse mundo que eu carrego aqui dentro.

No meio do apocalipse, eu encontrei um abrigo. Eu quero morar nos nossos momentos.

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