Por um mundo livre do capitalismo

22 de setembro de 2020

O tema da blogagem coletiva deste mês do Together é “as causas que você apoia” e, depois de muito tempo pensando, acabei por decidir escrever sobre o anticapitalismo.

Sim, eu apoio causas sociais como direitos LGBT, feminismo, moradias para todos, sustentabilidade, entre outras, e eu poderia fazer um post citando todos esses movimentos, mas resolvi atacar o mal pela raiz e falar sobre o maior problema que enfrentamos na sociedade atualmente: o capitalismo.

A realidade é que essas lutas aliadas ao capitalismo nada mudam em nossa sociedade. Enquanto empresas hasteiam bandeiras do orgulho LGBT durante o mês de Junho, na realidade o preconceito das empresas em nada muda na hora de empregar uma pessoa trans, ou demitem funcionários homossexuais quando estes “saem do armário”. Enquanto empresas de cosméticos passaram a produzir produtos para cabelos cacheados e crespos, grande parte das corporações ainda chamam estes penteados de “não profissionais” e exigem que funcionárias negras alisem os cabelos.

O mercado vê nas demandas sociais uma oportunidade de lucrar, lançando produtos e serviços específicos para tais nichos, sem realmente mudar a estrutura da sociedade. Ele se faz de amigo das pessoas, mas as opressões continuam, e é um passo para que o mercado deixe de apoiar tais causas sociais caso elas passem a apresentar uma ameaça ao sistema de produção capitalista.

Vai me dizer que você nunca ouviu falar em marcas famosas que apoiavam abertamente o nazismo na década de 40? Pois bem. O mercado sempre está do lado de onde vem o lucro. Não se engane achando que empresas são aliadas. Elas estão longe disso.

Eu não quero dizer que pautas identitárias (LGBT, feminismo, movimento negro, entre outros) são inúteis ou não merecem a nossa atenção. O meu ponto é que, enquanto estivermos vivendo sob o capitalismo, tais pautas sempre serão reduzidas a mercadorias e dificilmente uma mudança real será alcançada na sociedade.

Apenas quando o povo tiver o poder dos meios de produção é que seremos realmente livres para conseguir alcançar os progressos que estamos buscando com todas estas pautas.

Pessoalmente falando, eu não sou a pessoa mais indicada para escrever um texto sobre qualquer pauta social. Considero-me uma pessoa bem ignorante neste sentido, tendo pouca noção real das coisas, mas sei que o capitalismo é a base para uma série de problemas que enfrentamos na sociedade atualmente e não podemos chegar muito longe enquanto este ainda for o sistema vigente.

Sendo assim, caso vocês tenham interesse em entender melhor o meu ponto, recomendo a leitura do texto Jardinagens - Identitarismo e luta de classes, escrito por Gabriel Sakuma e Vitória Prá, na 3ª edição do boletim PRÁCSIS.

Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva de Setembro do Together, um projeto para unir a blogosfera! Para saber mais, clique aqui.

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