Gonjiam: Haunted Asylum (2018)

23 de outubro de 2020

Quando resolvi fazer uma série de posts indicando “produções macabras, aterrorizantes, mórbidas ou perturbadoras para comemorar o mês do Halloween”, ainda não tinha planejado exatamente quais títulos iria trazer.

Na realidade, fui trazendo títulos que vi (ou reassisti) recentemente, dando preferência para produções que não são pautadas em jumpscares ou narrativas sobrenaturais clichês. Porém, chegou a hora de quebrar esse padrão.

Eu não poderia deixar de comentar sobre o filme que mais me deu medo na minha vida inteira: Gonjiam: Haunted Asylum, um filme sulcoreano lançado em 2018.

O cinema de terror japonês foi muito forte na virada do século mas, de uns tempos para cá, a Coreia do Sul está ganhando mais destaque nas produções macabras. E não é por pouco, viu?

Gonjiam: Haunted Asylum conta a história de uma equipe de um site de terror que explora locais macabros, tidos como mal assombrados, e fazem live streams destes passeios.

No filme, eles estão indo para um hospício abandonado chamado Gonjiam, explorando os inúmeros relatos das atrocidades sofridas pelos pacientes internados, bem como histórias macabras sobre a equipe médica que trabalhava no hospital na época em que este ainda era ativo.

Vale ressaltar que o Gonjiam foi um hospício real, mas, ao contrário do que mostra o filme, ele fechou suas portas por condições insalubres, não pelas supostas atrocidades cometidas pela equipe psiquiátrica.

A equipe viaja até o local e, enquanto eles viajam, o clima do filme é bastante agradável — filmes de terror coreanos têm essa habilidade de mesclar momentos agradáveis e divertidos com coisas horrorosas.

Quando chegam no hospício, armam uma barraca e começam a live stream. Importante ressaltar que as pessoas que participam dessa expedição não são caçadores de fantasmas profissionais; uma delas inclusive é uma espécie de blogueirinha famosa, que foi levada junto para aumentar os views do site.

Durante grande parte do filme, é impossível não ficar tenso, só esperando a merda acontecer. A sensação de aflição se torna cada vez maior e o espectador fica cada vez mais tenso por conta de uma expectativa que é frequentemente frustrada pela realidade em que nada acontece. Até que acontece. E aí, oh boy...

Esse filme me deixou tão aflita que eu quase subi pelas paredes durante uma das melhores cenas de filme de terror que eu já vi na minha vida. Apesar disso, o longa-metragem possui poucos jumpscares, então se você, assim como eu, não gosta desse tipo de coisa, esse filme pode ser uma alternativa, pois ele brinca muito mais com a aflição do que com o susto.

Quando assisti esse filme pela primeira vez (e única, estou criando coragem para ver de novo), eu fiquei tão aflita que queria muito escrever sobre, mas não conseguia achar as palavras. E, para ser sincera, ainda acho que não consigo — não consigo fazer uma resenha bonita e profunda sobre o filme, só consigo falar que dá medo. E dá muito medo.

» Este post faz parte de uma série de posts com recomendações de produções macabras, aterrorizantes, mórbidas ou perturbadoras para comemorar o mês do Halloween. Para ver mais, clique aqui.

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