Long story short, I survived

8 de janeiro de 2021

2020 se foi e eu nem mesmo fiz um post pra comemorar isso direito. Não que eu veja muita coisa a ser comemorada: de fato, ano passado foi o pior ano da minha vida até então (e não por causa da pandemia), mas ainda não acho que a mudança para 2021 vai trazer a resolução de muitos problemas.

Como quem acompanha meu blog bem sabe, eu já comecei o ano de 2020 levando os dois pés no peito: minha mãe foi diagnosticada com um câncer extremamente agressivo, e a expectativa de vida era baixíssima. Ela conseguiu lutar por 6 meses, mas eventualmente a doença tornou a vida insustentável e ela se foi.

Como eu acredito em vida após a morte, espíritos etc., eu acredito que ela está em algum lugar deste universo, e que provavelmente um dia iremos nos encontrar novamente. Ainda assim, por aqui mora a saudade...

De qualquer forma, depois que minha mãe faleceu em julho, as coisas não melhoraram. Foi a primeira vez no ano que comecei a me sentir mal por conta da pandemia de fato — ficar de luto e não poder sair de casa nem pra dar uma volta em um parque é realmente uma experiência que não desejo nem ao meu maior inimigo (se é que eu tenho um).

E, claro, eu não fui a única pessoa que perdeu alguém em 2020 (alô, pandemia), mas sinceramente, sinto que este foi um ano no qual paguei diversos dos pecados que cometi em vidas passadas, risos.

Aqui em casa, comemoramos o natal e o ano novo de maneira bem simples, mas foi bem bacana. No Réveillon, meu pai montou uma espécie de karaokê improvisado na sala e ficamos cantando músicas bobas até quase 2 da manhã. Foi divertido.

Minha mãe sempre fazia questão que eu passasse natal e ano novo de roupas novas, então ela vivia comprando roupas para mim nessa época do ano. Nunca gostei muito desse costume dela — sempre achei desnecessário —, mas aceitava (afinal, não tinha outra opção, risos).

Acontece que, este ano, senti saudade. Não diria que fez falta, pois não faço a menor questão, mas senti saudade da minha mãe chegando com roupa nova e falando que seria a roupa que eu usaria na data especial.

O Ano Novo sempre foi uma data que minha mãe me fazia passar de branco. Quem me conhece sabe que eu não gosto muito de usar roupas que não sejam pretas; minha autoestima vai por água abaixo quando uso outras cores.

Porém, resolvi não quebrar a tradição e acabei reutilizando um vestido usado alguns anos atrás nesse Réveillon. Fiquei bem menininha. Não gosto muito de me ver assim, mas caso alguém tenha interesse, esta era eu na noite do ano novo:


Por fim, estes dias uma mariposa gigante pousou na porta do meu banheiro. Achei inusitado — ela passou o dia inteiro lá e, durante a noite, fugiu para o meu quarto, se camuflou na minha cortina e quase matou meu namorado de susto. Achei sensacional.

Enfim, este post é só pra dizer um oi pra 2021. Não sei o que esperar deste ano, só espero que não venham mais perdas. Eu não sei se aguento muito mais...

And I fell from the pedestal
Right down the rabbit hole
Long story short, it was a bad time
Pushed from the precipice
Climbed right back up the cliff
Long story short, I survived

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